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A Saga do Maldito Velinho (Tomo I)

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Era um velinho...

Ficava sentado na frente de um piano... Numa loja de... Pianos!

Numa loja de pianos na praca central da cidade de... Santa Gisella de Pádua...

Era um velinho... E tocava ums músicas legais...

Eu tinha três anos de idade... E ainda não havia aprendido a falar...

Os amigos de meu irmão mais velhos falavam que eu era retardado... Mas eu não ligava... Eu não entendia mesmo...

Um dia, sem entender o porque, eu via aqueles meninos rindo, e esnti uma aflição sem tamanho... Eu não sabia que havia algo errado ali... Eu acho que eu não sabia... Mas eu estava aflito...

Eu senti uma vontade enorme de fugir... Uma sensação tremenda de que ali ão era o meu lugar, e de que em algum canto lá fora haveria um lugar para mim... Algum refúgio para a minha trizteza... Ou talvez mais que isso... Quem sabe eu não encontraria uma alegria?

Eu saí de casa... Não me lembro como... Isso eu não lembro... Sei que a casa estava toda trancada, que a janela tinha uma altura que excedia as minhas possibilidades de fuga... Sei que eu não tinha coordenação motora nem para descer os degraus da porta da frente... E sei que eu saí...

Ou melhor:

Mas eu saí...

Lembro de uma coisa... A minha casa ficava numa praça... a minha casa ficava de frente para a praça central da cidade... Muitos filmes e novelas se inspiraram me minha terra natal para fazer as praças, igrejas, estabelecimentos comerciais e residências de suas cidades cenográficas...

Mas isso não interessa... O importante é que eu atravessei a praça...

Não sei que horas eram, mas estava escurecendo... E uma das poucas coisas que a minha cidade tem em comum com esse lugar aonde vivo hoje é o fato de que em épocas distintas do ano, o pôr do sol se dá em horários diferentes...

Não lembro em que época do ano isso aconteceu... mas lembro que o sol já havia se posto, e agora era só esperar anoitecer... Mas eu nem pensei em esperar... Me surpreendi (ou melhor, nem estava prestando atenção no que fazia para me surpreender) no outro lado da praça... Na porta de uma loja de pianos...

Eu ouvia um som, era um som bonito... Todos os dias eu ouvia esse som de longe, de lá de minha casa, no outro lado da praça... era um som bonito, sempre tinha muica coisa em comum... Mas era sempre um som diferente... como se fosse o mesmo instrumento musical, mas fazendo vozes diferentes para representar cada sentimento que a sua fala trazia...

Cheguei à porta... E tinha um velinho apertando uns botões numa caixa... Eram uns botões pretos e uns botões brancos... E o velho fazia os sons que eu ouvira ao tocar naqueles botões...

O meu coração deduziu: Esse velho é o dono das vozes que eu ouvia... E deve guardá-las ali...

Me deu até um pouco de medo... O Velho tocava com o espírito tão elevado, com postura e expressão tão áusteras...

Mas eu cheguei até o piano... Aquela caixa que sofria sob os toques serenos e sob as pancadas iradas do velho se chamava PIANO... Então me veio aquela vontade que eu tantas vezes sentia: Quis indagar ao velho qual a razão de ele estar ali, sentado em frente àquela caixa cujo nome eu até então não sabia, retirando aqueles sons que, naquele momento, pareciam pertencer a apenas uma voz... Eu quis perguntar, mas não tinha a capacidade que os outros tinham, de produzir aqueles sons articulados que saiam das bocas dos outros e pareciam ter poderes de transformação no comportamento dos que ouviam... Eu não sabia falar...

Mas, apesar de tudo, eu sabia exatamente o que desejava falar: Eu queria dizer: "O que é isso?"

Talvez a minha alma já estivesse, desde o início dos tempos, preparada para aquilo... Porque eu, que desde sempre, nunca soube o que viria a ser aquela caixa estranha que prduzia as vozes que o velho aprisionava, já tinha no meu íntimo a quase-certeza de que o velho me responderia (se pudesse me ouvir) dizendo: "É um piano"...

Mas, ao invés disso, o velho parou de tocar, e parou de cantar, usando a sua própria voz, de sua própria garganta... Ele cantava algu que não pertencia ao grupo das palavras que eram faladas lá, dentro da casinha do outro lado da praça... É o que os adultos pareciam chamar de Língua estrangeira...

Como eu dizia:

Mas, ao invés disso, o velho parou de tocar e de cantar, olhou para baixo, fitou os meus olhos e, pela primeira vez trazendo em seu rosto um simpaticíssimo sorriso, disse: "É Bob Marley! Gosta?"...

Fui surpreendido por uma tremenda vontade de sorrir... E consegui soltar algum ruído de meus lábios magicamente transformados pela simpatia contagiante adquirida do senhor pianista...

Surpreendido comigo mesmo, falei:

"Bob..."


.

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Será que se eu colocasse umas fotos, uns gifs coloridos, falasse mais "axin" e saísse por aí, comentando nos blogs da geral, mais pessoas leriam o que eu escrevo?

O que eu escrevo só tem valor se for lido... As palavras de um provocador não provocam o ar... Se ninguém vier aqui, não há finalidade real para este blog...

Eu estou chateado...



Parte 1 - Apresentação do texto

Dissertação do Papa Sobre o Crime Seguida de Orgia

Titãs

"O assassinato é uma paixão como o jogo, o vinho, os rapazes e as mulheres, e jamais corrigida se a ela nos acostumar-mos. O crime é venerado e posto em uso por toda a terra, de um pólo a outro se imolam vidas humanas. Quase todos os selvagens da América matam os velhos se os encontram doentes. É uma obra de caridade por parte dos filhos. Em Madagascar, todas as crianças nascidas às terças, quintas e sextas feiras são abandonadas aos animais ferozes. Constantino, imperador tão severo e querido dos cristãos, assassinou o cunhado, os sobrinhos, a mulher e o filho. Nos mares do Sul, existe uma ilha em que as mulheres são mortas como criaturas inúteis ao mundo quando ultrapassam a idade de procriar. Em Capo Di Monte, se uma mulher dá à luz a duas crianças gêmeas o marido logo esmaga uma delas.

Quando Gengis Khan se apoderou da China mandou degolar à sua frente dois milhões de crianças. Os Quóias furam as costas das vítimas a pancadas de azagaia, em seguida cortam o corpo em quartos e obrigam a mulher do morto a comê-lo. Os Hurões penduram um cadáver por cima do paciente, de maneira a que possa receber na cara toda a imundice que escorre do corpo morto, atormentando assim o desgraçado até que ele expire. Os Irlandeses esmagavam as vítimas. Os Noruegueses perfuravam-lhes o crânio. Os Celtas enfiavam-lhes um sabre no esterno. Apuleio fala do tormento de uma mulher cujo pormenor é bem agradável, coseram-na com a cabeça de fora, dentro da barriga de um burro ao qual tinham sido arrancadas as estranhas. Deste modo foi exposta aos animais ferozes."

Ctrl+V de trecho de livro homonimo do Marquês de Sade, misicado pelos titãs e interpretado por Branco Mello no álbum "Titanomaquia", do ano de 1993


*******

Parte 2 - Sobre o filho supremo dos Titãs

Quero apenas ser mesquinho aqui, agora!

"Nós não temos salvação!..", diriam os desiludidos... "Nós somos a salvação!!!", afirmariam os iludidos deveras... "Na minha mão a salvação sai mais barato, diriam os "ilusores"...

Sim! I-L-U-S-O-R-E-S! Anotaram bem a palavra? Então é bom que anotem, que notem, que tomem nota... mesmo porque o mundo que estamos descrevendo é visto de uma forma em que resumimos tudo o que há em ações simultâneas e/ou seqüenciadas de quatro tipos de agentes: Os desiludidos, os desiludidos, os "ilusores e um quarto perfil de indivíduo, do qual seríamos, neste princípio de conversa, teóricamente despreparados para definir com um termo próprio e específico...

Chamaremos então de "agente oculto do processo de desenvolvimento da filosofia da ilusão", ou, para os preguiçosos, simplesmente "Agente X"... Como eu sou aquariano, me dou o direito de utilizar o segundo termo proposto...

Aliás, É importante recordar a todos os milhares de leitores que este blog possui que no dia dezoito de fevereiro próximo ( data de meu aniversário) não faço questão alguma de que venham me desejar parabéns... Eu não quero nada além de meus presentes... Afinal, não sou exigente... Como prova disso, aviso a todos que podem escolher qual será o meu presente: algum livro de qualidade mediana tendendo a boa (ou superior a isto) ou algum disco de música (Aceito CD's mas prefiro, sinceramente, discos de vinil)...

Bem, tenho, quanto a isso, uma recomendação: Não me tragam (entre outras coisas que eu também já possuo) certo disco do conjunto Titãs (Velho tem hábito de chamar as bandas de "conjunto"!)... Me refiro àquele disco "Titanomaquia", que tem a capa colorida com mais cara de preto-e-branco da história do Rock Brasileiro...

Bem... O assunto não era esse, mas como caímos num tema que muito me interessa, cometo o sacrifício intelectual de abandonar o tema da seleção de meus tão merecidos presentes para que tratemos desta que é, na minha opinião, uma das maiores pérolas da música brasileira...

"Titanomaquia" pode ser considerado uma espécie de continuação do bizarrérimo "Tudo ao Mesmo tempo Agora", mas aquele tem um espírito de genialidade maior do que este por trazer consigo a loucura deste anexada a um amadurecimento jovem, presente apenas n'aquele...

Importante lembrar que esse "amadurecimento jovem", foi bom enquanto jovem... Mas depois de envelhecido, apodreceu, e levou consigo os Titãs... Titãs esse que, hoje, já amadurecidos, não passam de uma banda legalzinha (E com muita energia, confesso! Principalmente quanto, em seus shows, arriscam "É por isso que estou gritando!!!")...

Bom, mas o fato é que o disco de 93 trás uma diferença grande do de 89: "Titanomaquia" tem um produtor... E mais: "Titanomaquia" tem como produtor o Jack Endino... E esse nomezinho nos créditos de qualquer disco são suficientes pra neguinho ver Grunge até em disco de meditação...

Mas o Titanomaquia tem uma missão mais nobre... Ele é um abraço... É um abraço do Punk Rock(inaugurado em "Cabeça Dinossauro" e levado aos extremos mais hiperbólicos em "Tudo ao mesmo tempo agora) com o Heavy Metal, ou talvez até mesmo com o próprio Grunge... Mas este abraço não é o centro da missão do disco... Ele é um álbum que celebra a negação... Que diz não a tudo... Não me sinto atraído por você... Não quero ser herdeiro de nada que venha de você... Não quero viver a vida sob a ordem imposta por teus ponteiros... Não aceito ser crucificado apenas por não obedecer a esta tua lei tácita de aversão ao ócio...

O disco é uma negação tão grande que musicalmente nega as negações de suas letras... E o nome do disco é uma negação á banda... Titanomaquia, na mitologia grega, seria algo como a saga dos filhos dos titãs, tomando o poder dos mesmos, os expulsando do céu e os lançando ao eterno exilio em Tártaro, o abismo profundo para onde os inimigos políticos dos deuses eram dispensados... Titanomaquia é a deposição dos Titãs!

É importante lembrar que este foi (ao menos na intenção do sujeito que a vós digita neste momento) a obra máxima e o último grande feito dos Titãs... "Titanomaquia" foi, literalmente, a titanomaquia da mitologia do Rock brasileiro da década de 1980... Inclusive é uma das membras da minha "Tríade" dos melhores álbuns dessa "turma dos anos 80"... E desses meus três discos preferidos, dois foram lançados nos anos noventa, ambos no ano de 1993... Um deles é esta obra prima dos Paulistas...

Por falar nisso, por favor, há um disco que me deixaria muito feliz se entrasse na lista de meus presentes recebidos no próximo mês de fevereiro (ou até hoje, se você quiser)... A obra-prima chama-se "Lóki?", e é de um filho de titã chamado Arnaldo Baptista...

Esse Arnaldo foi o cara que, depois de ter seus irmãos devidamente vomitados do estômago de seu pai, os mobilizou para uma revolta de cunho leninista, tomando posse dos céus e tornando se o Deus supremo do Olimpo... Arnaldo Baptista é supremo!!!

Mas pra amarrar as pontas, basta que entendamos uma coisa... Nem sempre pode-se fazer o que fez Arnnie Baptista, que deportou os inimigos políticos e se tornou o ser supremo de seu território... E quando isso ocorre, só lhe resta uma coisa, meu amigo!!! Entender que estás no gundo do profundo Tártaro, e que para extravazar as tuas fúrias e desilusões com este mundo aonde é tudo igual, tanto fez como tanto faz, só bradando a alta voz o teu "Foda-Se"...

Resumindo: "Nem sempre se pode ser Deus, e é por isso que eu estou gritando!"

Lamentamos, mas talvez este texto só possa ser perfeitamente compreendido por algum conhecedor da audição da obra do conjunto Titãs, ou ao menos do álbum oitavo de sua gloriosa carreira, o "Titanomaquia"...


*******


Parte 3 - Da Violência

"Dissertação do Papa Sobre o Crime Seguida de Orgia" é um dos muitos pontos máximos do disco homenageado do texto acima... E preferi escrever esta parte que me coube da trilogia acerca da escatologia "pre-amadurecida" titânica ouvindo o tal disco... E ele realmente é um disco bom... Audível...

Inaldível, diria eu, na verdade... É o tipo de disco que se ouve pela primeira vez pensando: "Quebro o disco logo, espero chegar até o fim da segunda faixa e arremesso pela janela ou conto até dez e corro até a cozinha atrás de uma faca?"... E espero que tenham entendido qual a real importância e utilidade do objeto cortante na terceira possibilidade, pois isto é tremendamente necessário (indispensável até, diria eu) para a compreensão de todo o resto desta minha intervenção no debate...

Tá... Então vamos lá... Hereditário... PORRA! Na primeira vez em que eu ouvi "Hereditário", ouvi o órgãozinho e falei "Putz, vai começar uma reagge music!"... Tive meus quatro segundos e meio de ilusão...

Mas tudo bem... as quatro primeiras faixas do disco são até bem degustáveis... "Será que é isso que eu necessito" tem até uns palavrões... mas o que são palavrões, afinal, em meados das primeira década do atual milênio? O nosso pais já dançõu na boquinha da garrafa, já viu égua cavalgar no jumento E no cavalo... Hah! Os titãs precisariam de muito mais pra chocar a nossa intelectualidade preparada às vanguardas!!!

Mas as três últimas faixas do Lado A merecem um bom comentário! "Estados Alterados da Mente" e "Agonizando" são canções que narram as dores provenientes dos confrontos internos do homem primitivo com o ser humano "moderninho" de uma forma ímpar! Com uma beleza inigualável... A segunda tem até um requinte típico do que hoje chamamos de Progmetal... A faixa que fecha a primeira face do disco é "De Olhos fechados"... Importante ressaltar que, assim como nas duas faixas anteriores (se não ainda melhor do que) , o interprete desta faixa dá um show de emoção em sua performance... Toda a dor do Mito deposto vem à tona na voz do titã que grita das profundezas do tártaro... E esta canção, ao contrário das duas anteriores, deixa implícita a dor que o mundo causa em sua alma, só diz "Eu não sei,
não quero saber, não penso e nem fico pensando no que se passa na sua cabeça enquanto você está dançando de olhos fechados"

Esta foi a negação ao desejo...

Mas estas três faixas não tratam (como grande parte das outras também não) de algo específico aqui... A Violência... Talvez o disco inteiro trate desse tema trazendo umpouco dela em si... Afinal, o disco inteiro quer quebrar paradigmas, dizer não, contestar e negar... E uma das máximas do disco é jogar na cara do ouvinte os restos mortais da sociedade apodrecida...

Incontestável que, quando cantam "Do que que vocês estão rindo? O que vocês estão olhando? Eu sei que eu estou fedendo! Eu sei que eu estou apodrecendo...", os Ex-soberanos exilados estão tentando usar de violência verbal para mostrar a tremenda agonia de sua condição de prisioneiros de suas próprias dores... Isso fica ainda mais evidente quando ouve se a voz com que cantam isso... Lindo e emocionante (para quem tem estômago!)!!! Mas "Tanto faz, é igual... Felizes são os peixes"...

A violência tácita também aparece, além de nas letras das canções, na instrumental feroz elaborada pelos Titãs... Talvez essa seja a culpa do Jack Endino na história toda... Talvez esse seja o lado grunge da história... Ou talvez não...

Mesmo porque o "Tudo ao Mesmo Tempo Agora", que é bem mais indigesto, mas ao mesmo tempo bem carregado de um humor que não coube nas lamentações dos Titãs do Tártaro de 93, tem o seu quê de grunge, como o Titanomaquia, e foi produzido pelos próprios Titãs...

Mas "Dissertação do Papa Sobre Crime Seguda de Orgia" (que toca agora em meu aparelho de vinil) é mais direta! Fala da violência da forma menos evasiva: falando sobre violência! Cita a crueldade de vários povos, de várias culturas, de várias personagens históricas, mas da forma mais irônica que se pode imaginar...

E uma coisa incontestável e que revelo aqui para que todos pensem em contestar: A ironia só é usada em dois casos: 1 - Quando se tem o controle da situação e se quer gerar humor... 2 - Quando está com a alma amargurada, e quer tentar ao menos disfarçar o mau humor, tentando desesperadamente achar alguma forma de retomar o controle da situação...

E o "Titanomaquia" está recheado de exemplos deste segundo caso...

Ironia é uma coisa maravilhosa...

Agora que o álbum findou seu ciclo aqui em meu toca-discos (que não é um gramophone!), vou falar do que (em minha humilde opinião) há de mais escatológico em todo o álbum: A última faixa, "Taxidermia"...

Taxidermia é a ARTE da conservação de animais mortos... E a faixa que trás este nome vem no disco de uma forma interessante... É o jeito amargurado de todo o "Titanomaquia"... É o jeito amargurado de declarar amor... Não haveria de ser diferente!

"Taxidermia" é a declaração de amor daquele que quer que o amor se concretize da forma mais intensa possível: Quer ser como a pessoa amada... Ou melhor: Quer ser
A pessoa amada...

Ou talvez a canção fale apenas de um animal em
palhado...


*******


Obs: O Filho supremo dos Titãs que é citado no início do segundo texto da trilogia acima não é referência ao Arnaldo Baptista, e sim ao álbum "Titanomaquia"...

Obs2: LETRA DE "TAXIDERMIA":


"Se eu estivesse embrulhado em papel alumínio
Se eu tivesse o seu grupo sanguíneo
Se eu estivesse embrulhado em papel alumínio
Se eu tivesse o seu grupo sanguíneo

Se eu tivesse seus olhos eu seria famoso
Se eu tivesse seus olhos eu seria famoso
Se eu tivesse seus olhos eu seria famoso
Se eu tivesse seus olhos eu seria famoso

Náo quero ser útil, quero ser utilizado
Não quero ser útil, quero ser utilizado

Inutilizado, inutilizado
Inutilizado, inutilizado

Em pedaços de plástico, em pedaços de acrílico
Se eu tívesse seus olhos, se eu tivesse seus cílios
Em pedaços de plástico, em pedaços de acrílico
Se eu tivesse seus olhos, se eu tivesse seus cílios

Se eu tivesse seus olhos eu seria famoso
Se eu tivesse seus olhos eu seria famoso
Se eu tivesse seus olhos eu seria famoso
Se eu tivesse seus olhos eu seria famoso

Náo quero ser útil, quero ser utilizado
Não quero ser útil, quero ser utilizado

Fossilizado, fossilizado
Fossilizado, fossilizado

Se eu tivesse sua cara, se eu tivesse seu gosto
Se eu tivesse sua cor, se eu tivesse seu rosto
Se eu tivesse sua cara, se eu tivesse seu gosto
Se eu tivesse sua cor, se eu tivesse seu rosto

Se eu tivesse seus olhos eu seria famoso
Se eu tivesse seus olhos eu seria famoso
Se eu tivesse seus olhos eu seria famoso
Se eu tivesse seus olhos eu seria famoso.


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